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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

A Parábola do Vaso Rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. 

Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer. 

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço: 

–  Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas. 

– Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado? 

– Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. 

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:

–  Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: 

– Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa. 

*     *     *

Ninguém é inútil para Deus, Ele em sua grandeza sabe aproveitar as virtudes e as limitações que cada um de nós temos, afinal somos todos imperfeitos,  mas Deus não nos vê como nos veem os homens. 


Imagem de cristorei/aprendersempre


 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel (Jeremias 18;6)



quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Nada era dEle

poesia de Gióia Junior

Disse um poeta um dia,

fazendo referência ao Mestre amado:

"O berço que Ele usou na estrebaria,

por acaso era dEle?

- Era emprestado!

 E o manso jumentinho,

em que, em Jerusalém, chegou montado

e palmas recebeu pelo caminho,

por acaso era dEle? 

- Era emprestado! 

E o pão - o suave pão

que foi por seu amor multiplicado,

alimentando toda a multidão -,

por acaso era dEle? 

- Era emprestado! 

E os peixes que comeu junto ao lago

e ficou alimentado,

esse prato era seu? 

- Era emprestado! 

E o famoso barquinho?

aquele barco em ficou sentado,

mostrando à multidão qual o caminho,

por acaso era dEle? 

- Era emprestado! 

E o quarto em que ceou

ao lado dos discípulos, ao lado

de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou,

por acaso era dEle? 

- Era emprestado! 

E o berço tumular,

que, depois do Calvário, foi usado

e de onde havia de ressuscitar,

o túmulo era dEle? 

- Era emprestado! 

Enfim, NADA era dEle!

Mas a coroa que ele usou na cruz

e a cruz que carregou e onde morreu,

essas eram, de fato, de Jesus!" 

Isso disse um poeta, certo dia,

numa hora de busca da verdade;

mas não aceito essa filosofia

que contraria a própria realidade...

O berço, o jumentinho e o suave pão,

os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,

eram dEle a partir da criação,

"Ele os criou" - assim diz a Escritura... 

Mas a cruz que Ele usou

- a rude cruz, a cruz negra e mesquinha

onde meus crimes todos expiou,

essa não era Sua,

ESSA CRUZ ERA MINHA!

Fotografia de Felipe Galdino

 


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Salmo 117

 "Louvai ao Senhor todas as nações, louvai-o todos os povos. 2 Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor."


Fotografia de Felipe Galdino


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