Extraído da Bíblia da Mulher p. 1050
Apesar da mãe ou pai por vezes ter mas afinidade
com um dos filhos - mesmos interesses, características físicas semelhantes,
objetivos compatíveis - é um erro oferecer constantemente consideração,
responsabilidade ou privilégios a um filho em detrimento de outro (Gn 25.28).
Alguns pais valorizam mas a beleza ou o intelecto; outros priorizam um filho
que é mas difícil ou problemático. Alguns refreiam o mais inteligente ou
espiritualmente mais sensível a fim de compensar por um irmão menos talentoso
nesses mesmos aspectos.
Um filho é ignorado (Gn 37.3)
e experimenta raiva, ressentimento e insegurança (v. 4), enquanto o outro
recebe toda atenção e desenvolve sentimentos de culpa ou uma atitude defensiva
ou tirana (vs. 5-11). Um filho também pode ser o alvo ais frequente de críticas
e expectativas inatingíveis que o levam a sentir-se sempre aquém do ideal (Pv
11.29).
Cada filho deve receber elogios e reconhecimento inclusivos, e não exclusivos (Pv 25.11). Os pais devem reforçar as virtudes de cada filho, dando espaço para diferenças entre irmãos (Pv 24.3). Um filho deve ser aceito por aquilo que ele é, e não por aquilo que ele pode fazer por você. É importante evitar comparações (2Co 10.12) e saber amar os filhos igualmente, apreciando-os individualmente (Sl 32.8). A justiça e a igualde não são sinônimos, porém ambas são necessárias no relacionamento com os filhos.
Fotografia de Felipe Galdino |